Páginas

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Despertar.

Eram 08h da manhã. O despertador tocava para ela como uma sirene de ambulância em seus tímpanos. A cabeça doia. Não queria acordar. Por um átimo, sentiu estar dormindo, mas a verdade é que a escuridão tomava conta de sua vida desde então. Não haviam cores, não havia mais razão. Seu coração batia, uivava a procura de entender aquilo tudo. Sem nenhuma palavra, levantou-se tentando se equilibrar a procura de luz, na vontade de se libertar daquele abismo que se expandiu em sua frente. Caminhou, sentiu seus passos como nunca os tinha escutado; a mão, gelada. Sentia pálida e com muito medo. Agarrou-se na escrivaninha onde escrevia todo dia em seu computador e sabia de cor sua localização. Tudo para ela tinha mudado: cada passo, cada respirada profunda e longa ecoavam no ambiente em que ali se encontrava. Falou sozinha, berrou aos quatro ventos.Era um sonho.

Um comentário: